segunda-feira, 17 de maio de 2010

Continuar no ritmo de "Celebrate we will"


Começou em setembro de 2008
para inovar na maneira de comemorar o meu aniversário. Hoje é uma coleção de aprendizagens. Cada encontro, cada amigo, cada aprendizagem nova, uma atualização!Vamos Celebrar, porque a vida é curta, mas doce certamente. E sinceramente, acho que não deveríamos perder tempo querendo dar significado para todas as coisas... Basta saber para que se destinam "Celebrate we will"...

domingo, 16 de maio de 2010

É A diferença...


Hoje é domingo e eu não fumo cachimbo... Na verdade, quando eu atualizar este blog já será segunda-feira. Mas, o fato é que hoje o mundo, ao menos pra mim, começou com um novo sentido...

Colocamos em prática uma idéia que antes era uma semente em muitos corações. Reunimos ex-alunos na Interpares. Mas, não é bem sobre essa sensação ou esse grupo que eu preciso escrever. Preciso escrever porque escrever é preciso (no sentindo literal de exatidão).

Escrever alivia a alma. Escrever seca as lágrimas. Escrever toma posse do tempo. Escrever congela um pensamento, uma ação, uma vida.

E quando escrevo não me sinto só. Eu sou tantas pessoas que me vêm à memória. Minha amiga que é mamãe a partir de hoje, meu amigo que saiu da UTI hoje, minha amiga que faz aniversário hoje. Minha irmã que viajou hoje... Minha amiga que voltou para os EUA hoje...

E uma outra amiga que é uma grande inspiração. UM SUPER EXEMPLO, um modelo, uma pontada de ânimo, alegria e felicidade diariamente.

Uma amiga que frequentemente é parceira das minhas decisões diárias seja na atuação da Interpares, seja na lista de exercícios físicos que também frequentemente nos boicotamos...

Uma amiga que sempre apóia minhas idéias e não mede esforços - assim como eu - para fazê-las acontecer - Uma amiga que quando fala "tive uma idéia", às vezes me dá medo, mas todas as idéias fizeram A diferença na vida de alguém sejam alunos, professores, funcionários, pais e mães Interpares...

Uma amiga que eu tiro chapéu... E que eu ainda não tinha escrito sobre ela porque o jantar que ela me prometeu, até hoje não saiu...

Essa minha amiga que me conhece por um gesto, por um olhar, por uma palavra... Minha amiga que sabe que eu a estimo muito, mas que hoje eu sinto que preciso deixar isso público para ela e para o mundo.

É Suzana Fernanda de Brito, é você essa amiga que eu só tenho a agradecer tanto carinho, tanto respeito e tantas celebrações e boas idéias que conseguimos juntas colocar em prática...

Estou começando a ficar na dúvida se vamos mesmo mudar o mundo, mas estou certa de que você tem contribuído muito para me fazer uma pessoa melhor! Muito obrigada, muitíssimo obrigada, obrigadíssima...

terça-feira, 6 de abril de 2010

O som do pandeiro


Quando eu pensei em atualizar este blog, era uma tarde fria de lascar e eu voltei pra casa com a jaqueta dela... Mas, infelizmente, não foi essa boa ação que me motivou escrever sobre essa mocinha sonora, de alma poeta, sorriso solto e um coração saltitante... Esse post é dela, é ela é por ela...

Ela tem um passado - passado a limpo, quem já foi adolescente, sabe o que é seguir a onda e depois se arrepender das calças que vestiu... Hoje quem a vê pela rua, pensa que ela sempre se vestiu alla Pato Fu...

Mas, uma coisa nunca muda... O coração dela vale ouro, um verdadeiro tesouro... da onde procedem boas idéias, boas ações e boas conversas...

Sim, eu estou falando da Tica!

Uma cozinheira de mão cheia, pelo menos asseguro que fez uma nega maluca deliciosa...
Uma professora encantadora...
Uma alegria ambulante, toda a tarde, o Maternal I é embalado pelo seu pandeiro... Toda a tarde ela chega com sorriso no rosto, toda tarde ela se revela cada vez melhor...

Além disso, é um grande exemplo, ela chegou de mansinho e aos pouquinhos foi fazendo morada no coração de cada um, participativa, interessada e muito dedicada... Merece sempre todo o meu apreço!

E, principalmente com uma paciência de tirar o chapéu, ela esperou, esperou, esperou e por muitas vezes acessou este blog na esperança de ler seu post... Mas, aqui está!

Ela só tem um defeito que eu faço questão de deixar público: Nunca deu um mortal na Interpares!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Doador *** do-a-dor *** doa-a-dor...


Parafraseando a Madalena Freire...

Quando penso nas palavras, fico admirada com as junções das letras e o significado que elas tomam... E mais ainda, como elas sintetizam uma emoção, como sinalizam um momento, como dão sentido literal à vida...

Dessa vez, vou colecionar a palavra: doador! doa a dor! Pela primeira vez doei sangue, rompi o medo e para aproveitar o embalo também me cadastrei como doadora de medula óssea... Confesso! Doeu!

E, às vezes, ainda dói...

E as marcas que fcaram, não me deixam esquecer aquele dia.. As veias estouraram...

A enfermeira, então, desistiu, (Pilatos! Pensei...) E aí eu apelei: "por favor, tenta uma última vez, que eu assumo o risco!" Na hora, eu não quis passar o cálice para frente... Lá de longe, eu ouvia a enfermeira falando bem próximo ao meu ouvido: "respira, respira fundo que vai dar tudo certo!"

Mas, eu só conseguia me concentrar no meu sangue e na pressão que aquela "agulhinha" fazia... Doeu de novo e continuou doendo até o fim!

Enquanto meu sangue passava por aquele caninho, cumprindo o longo caminho em direção à bolsa-enquanto minhas veias arrebentavam-enquanto eu fechava os olhos porque estavam ficando pesados-e enquanto minha mão já não aguentava mais abrir e fechar-e enquanto tudo foi ficando meio escurinho... (escrevi sem espaço, só para dar a noção da falta de fôlego que foi tomando conta de mim...)

Fiquei meditando nas palavras da Verdade... "lavados, renovados, remidos, pelo sangue de Cristo"... Incrível, como o comprometimento é do doador! Quando Cristo, resolveu dar a vida por nós, ele assumiu o risco todo... Fico imaginando se Deus não ficou no ouvido dele: "respira, respira fundo que vai valer a pena!" (Acho que todo mundo já ouviu esse tipo de voz, interna, que inexplicavelmente nos impulsiona!)

Mas a dor, não se compara ao benefício posterior do doa-a-dor! Não há nada no mundo mais gratificante que ver alguém mais "coradinho", mais alegre, mais sorridente. Não há alegria maior do que presenciar uma família novamente unida, quase completa, e inteiramente renovados por "graça", todos na sala de estar exalando esperança em forma de lágrimas!

Acho que nem juntando todas as cólicas, todo o mal jeito, o mal-estar, as torções nos pés, e as batidinhas na cabeça, nem todas as dores da alma que eu já conheço e vivi... Nem assim, nem assim eu consigo imaginar a dor que Jesus Cristo passou...

Mas estou certa de uma coisa, o que Deus faz por nós é incomparável, grandioso, maravilhoso...

Estou certa também de uma coisinha... Doar nos transforma, parece que o coração da gente se alarga... O corpo todo sorri, a alma fica mais leve e a gente mais forte! Que somos até capazes de carregar a dor dos outros...

Eu doei um pouco de sangue para uma pessoa que eu pouco conheço, mas pelo pouco que conheço, aprendi a admirar e respeitar... Lembrei do versículo que diz: "porque pelo fruto se conhece a árvore"... Os frutos dele são maravilhosos...

A família Jaques Moraes (ou Moraes Jaques - eu nunca sei exatamente a ordem!) tem um quê especial... Que ter participado deste momento com eles e travado essa batalha junto, me deixou mais feliz e confiante em Deus, é para isso que ele ajunta pessoas, e cada vez mais, cada dia mais, cada passo a mais, estou me convencendo do que minha avó dizia "é o amor que move o mundo..."

Quando vi a Maira de manhã, na minha frente, chorando por causa do pai e depois, a noite, eu os vi abraçados, lembrei que é só o AMOR que deixa tamanha marca mesmo...

E enquanto termino de escrever este post, percebo que o roxo no braços, estão sumindo e que vão ficar apenas as lembranças do que eu escrevi acima: só o amor pode deixar tamanha marca...

E a resposta é: sim eu ainda vou doar outras vezes... A médica da Ecco Salva que me atendeu durante a tarde, garantiu que o que aconteceu era normal... Sorte de principiante, eu diria...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Aluga-se carreto!



Minha mãe sempre disse que 4 mudanças equivalem a um incêndio… Pois bem, essa é a quarta!

Hoje, 21/01/10, foi o último pôr-do-sol na cabeceira do Jardim Botânico! Hoje, foi a última vista para a quase extinta serra do mar… Hoje, ufa! foi a última vez que eu fiquei esperando o bendito controle do portão funcionar… Foi a última vez que eu abri aquela porta para chegar em casa, a mesa onde descansava a chave já não estava mais... Por 18 anos, eu sempre esperei voltar para cá... Por 18 anos, eu sempre esperei voltar para cá…

Hoje, foi meu último dia no Cristo Rei. Impossível não lembrar da minha avó e dos relatos dos seus últimos minutos de vida, duas lágrimas dela escorreram quando meu avô deixou o quarto de hospital… A despedida é mesmo fatal. E hoje, ao ajuntar todas as coisas, todas as coisinhas esquecidas na gaveta por conveniência ou acaso, vieram à tona! Incrível, como a gente coleciona saudade pela vida…

Minha casa agora é um eco, mas impressionante como não ressoa no meu coração, porque mudança rima com esperança…

Agora, serei moradora de outro bairro, posso até dizer de outra cultura… Foram 18 anos acordando com os raios laranjados do sol que refletia do Jardim Botânico, ou com o barulho de chuva (ultimamente, para ser mais exata…) Nunca nesses 18 anos, o trem atrapalhou meu sono, nem o das 23h, nem o das 05h00 e o das 07h30 era um marco, na maioria das vezes encontrava com ele já lá embaixo…

Nesses 18 anos eu vi a rua Agamenom Magalhães mudar o sentido de mão dupla para única. Vi o Fernando Henrique implantar o Real, o Brasil eleger o Lula, o Ronaldinho entregar a copa para os franceses, mas também vi o Guga levantar a moral dos Brasileiros em Roland Garros, eu vi a natureza dando sinais de cansaço, agora vejo ela gritar por socorro… Vi o Ayrton Senna, o Michael Jackson, o Mário Quintana, a Princesa Diana, a Zilda Arns e tantos outros morrerem, vi a guerra do golfo e a do Afeganistão, vi o boom da internet, é espantoso lembrar que minha primeira aula de redação - na faculdade - foi em uma máquina de escrever OLIVETTI… Nesse tempo todo, vi algumas amigas casarem, vi o mundo de muitas e diferentes maneiras com outras lentes, sentidos e perspectivas… Voltei a celebrar duas copas e só por uma vez , vibrei ao ver o Capitão levantar a taça…

Quando eu cheguei aqui eu ainda insistia nos cabelos longos, andava de ônibus, estudei no terceiro milênio, depois na PUC, na UFPR e mais tarde na FAE.. Andava pelas ruas contemplando as nuvens, eu tinha uma alma de poeta… Quando eu cheguei aqui, não sabia a profissão que seguiria e hoje já abandonei aquilo que foi uma paixão: o jornalismo! Abandonei a carreira, mas ainda escrevo, porque escrever também é um ato de amor…

Eu vou para o outro bairro com os cabelos curtos, as idéias grandes e os sonhos longos...

Agora já não ando contemplando as nuvens, mas invento uma maneira alegre de conviver no trânsito de Curitiba, às vezes, aviso que a porta está aberta - mesmo não estando, às vezes, buzino para desconhecidos e às vezes, grito no sinal…

Minha alma ainda é sonoramente, brincante, de poeta, ou como me definiu minha amiga ontem: "VERÃO"… Não pretendo voltar para o jornalismo… Mesmo porque nem o diploma vale e especialmente porque descobri outros encantos…

Descobri que Educação é uma palavra ampla, mas também poderia ser traduzida como: uma maneira de se fazer feliz seja você, os outros ou o momento… Descobri, também, que as crianças… Ah! As crianças… São uma fonte inesgotável de amor…

Eu saio da Av. Agamenom Magalhães, 139-1001, mas ela não sai do meu coração, afinal, por 18 anos eu viajei e voltei muitas vezes! Por 18 anos, minha vida habitou aqui…

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Coleção de Aprendizagens


Este blog, começou em 2008, para comemorar meu aniversário... A cada encontro, eu celebrava a vida e alegria de ter amigos... Agora, acho que tomou outra forma: a de coleção de aprendizagens... Então, a cada aprendizagem eu vou brindar com uma reflexão... E para dar início a nova forma... Nada melhor que escrever sobre a aprendizagem de 2009...

2009...
Foi o ano de aprender sobre PLENITUDE... Não por acaso, ela tem nove letras!

PLENITUDE... Não por acaso começa com P de PROCESSO... E, também não por coincidência, ao menos para mim, termina com E de ESPERANÇA... Nestes 365 dias, compreendi sobre o caminhar e o parar...

Atingir a Plenitude não é o fim e o fim não é a morte! Aprendi que permanecemos eternos, até que as pessoas que lembram da gente estejam vivas... ABRE PARÊNTESIS Talvez, por isso UM CARA, como Jesus Cristo ainda vive... Tem sempre alguém que lembra dos ensinamentos dele, em pelo menos um minuto das 24 horas do dia... FECHA PARÊNTESIS... E essa é talvez uma plenitude sem explicação eternamente aparente...

A plenitude nas palavras ganha peso, forma e se transforma... E cada palavra, qualquer uma, agrega valores quando toma proporções mercadológicas... Sustentabilidade, Diversidade, só para citar exemplos... Não há como lutar por um mundo sustentável e livre de preconceito se continuarmos comprando cada vez mais e se continuarmos nos separando em grupos de mesma ideologia, religião, opção e etc... Parece mais fácil separar os grupos, as minorias, os especiais, que o nosso próprio lixo!

A plenitude é celebrar a vida um dia inteirinho...Pois, em 2009, celebrei 33 anos de vida o dia todo, ... UM BRINDE À RESSURREIÇÃO... Descobri que é agradável mudar, se renovar e novamente se enquadrar no grupo em que vivemos... Aprendi que vale mais a pena encontrar as nossas semelhanças que apontar nossas diferenças, gerando assim mais preconceito...

Aprendi que sob pressão eu realizo! Isso, fatalmente, às vezes, me dá prejuízo, na medida em que eu esqueço de partilhar o desafio e pedir ajuda... E aí está o processo para atingí-la... Mas, confesso, nesse quesito ainda estou aquém da plena plenitude...

A plenitude é uma pergunta sem resposta... E muitas respostas para uma pergunta... Aprendi, por exemplo, que eu não sei a resposta para a questão: "Onde começa e aonde termina a onda do mar?" Aprendi que ainda tenho muitas perguntas, sem respostas e muito provavelmente, não conseguirei respondê-las... E o fato de não saber as respostas, pouco me aflinge!

A plenitude é como um átomo... pode ser pequena, invisível, mas faz tamanha diferença na vida de qualquer ser humano... Aprendi que quando nascemos, herdamos uma carga genética, mas a nossa melhor herança vem de muito antes, muito antes, muito antes... Começou em Amor! Todo mundo tem uma razão para estar vivo, estar aqui e estar agora!

E o engraçado da plenitude é que ela tem proporções diferentes... Aprendi que se para Deus, 1.000 anos equivalem a 1 dia... Jesus Cristo morreu antes de ontem... Por isso, compreendi que o tempo constantemente nos joga escada baixo, nos salta os ponteiros! Mas, inexplicavelmente, ele cura feridas, lembranças, saudade, amores e outras coisinhas, em alguns dias!

E por falar em plenitude de tempo, demorei para aprender uma coisa: Que a vida vale a pena do nosso choro inicial até o nosso último suspiro! E ele tem de ser uma INSPIRADA DE AMOR, UMA VENTADA DE PRAZER, UM SOPRO DE ALEGRIA... Aprendi isso com minha vó, a minha adorável Vó Nina, a preferida, a única do meu coração! E, para o meu pleno sofrimento, levei o ano inteiro, para entender essa lição que ela deixou no início de 2009!

Ufa! O nó na garganta e o oceano em meus olhos, não vão me deixar terminar este texto... Mas, acho que a busca pela plenitude me faz crer que estou pronta para começar 2010.. Na virada do ano, senti falta da casa cheia, como sempre foram os "anos que se chegaram na presença dela", até que eu descobri que o vazio estava no meu coração... E 2010 chegou num maravilhoso passe de mágica! E meu coração tornou a ficar alegre...Tim-Tim...

sábado, 11 de julho de 2009

O sentido de celebrate we will


Começou em setembro de 2008 para inovar na maneira de comemorar o meu aniversário. Hoje é uma coleção de aprendizagens. Cada encontro, cada amigo, cada aprendizagem nova, uma atualização!Vamos Celebrar, porque a vida é curta, mas doce certamente. E sinceramente, acho que não deveríamos perder tempo querendo dar significado para todas as coisas... Basta saber para que se destinam "Celebrate we will"

"Certo é estar perto, sem estar..."


Nossa vida se resume em chegada e partida... Pois bem, a primeira vez que vi a Kimie ela desceu de um gol cinza ou azul claro (isso é só um detalhe) e fomos apresentadas pela irmã dela... Descemos o rio de bóia... E começou ali a nossa longa lista de aventuras, nossa coleção de histórias e memórias...

Depois fui morar na Itália e então ela deixou de ser aquela irmã de uma amiga para se tornar a minha família brasileira na Itália... Ao segundo encontro, cheguei bem tarde da noite, ela me esperava em sua casa... Ao abraçá-la foi como sentir o doce perfume de casa... Depois fui embora novamente, cheguei em Bologna e chorei por umas duas horas... Caí na real, na solidão e na angústia de viver sozinha em terra estranha...

Voltei à Brindisi. Dessa vez para comemorar seu aniversário. Um brinde a uma amizade especial... Estávamos na fase "matrix" de nossas vidas... De novo, fui embora...

Voltei para comemorar o aniversário de Sara... A kimie me deixou na estação porque esqueceu de me buscar... Ha ha ha ha... Só amigas se permitem esse tipo de esquecimento... Fui embora depois de alguns dias, e sabia que no fundo estávamos acostumadas a este movimento de chegadas e partidas...

Voltei em agosto para gozar as férias... Visitei a Shirley que também tinha ido visitar a Kimie... Na despedida, a última foto: Kimie, Shirley e Sara e a estação como pano de fundo... Talvez a mais linda da estação de Brindisi...

Voltei pra celebrar o Natal... Uma data tão familiar como essa, só poderia estar perto de alguém que amo muito! A despedida foi ficando mais difícil... Sabíamos que este ciclo logo terminaria...

Desembarquei em Brindisi em fevereiro... Minha última temporada naquele ano... Foram as duas semanas mais divertidas, mais emotivas, com o maior número de pudins de leite, com o maior número de gargalhadas e especialmente com o maior número de danos! A coberta da Sara voou inexplicavelmente, a bicicleta do vizinho me derrubou inexplicavelmente, a mistura da tinta para pintarmos um cabide não deu certo inexplicavelmente...

Na última noite, Sara me inqueriu: "Por que você não compra uma casa e mora aqui bem perto da gente?" E nesse momento, ela percebeu que eu não estava para brincadeiras... Ela viu uma lágrima escorrer sobre meu rosto... Então, ela saiu correndo e disse: "Peraí que eu vou chamar a minha mãe..." E, logo depois, voltou correndo: "Dada, minha mãe também tá chorando..."

Sabíamos que o tempo iria nos trair em breve... Agora, as chegadas e partidas seriam mais espaçadas... E isso doía muito! Dói muito.

Saí de Brindisi em uma manhã triste... Sara não acordou... A pedido da Kimie, não ficamos nos olhando para despedida... Os meus olhos ardiam ao de relance perceber os dela encharcados de tristeza... "Volta logo, por favor!" Chorei a viagem toda... Brindisi à Bologna... Quem tem um amigo, tem um tesouro... constatei este provérbio! E coloquei um asterisco na frente deste versículo, para não esquecer de quem deve ser sempre lembrado...

Em 2004, voltei à Italia... Andei por ruas da cidade que há um bom tempo atrás, eu chamava de minha... Voltei a visitar Kimie... Estávamos na Fase Kill Bill de nossas vidas, assistimos aos dois filmes... Visitei Otranto... Lecce, Bari... Lhe apresentei a música Velha Infância... E todos os nossos passeios foram embalados por essa canção... Fui embora da Itália e na despedida, antes de dizer adeus eu disse "meu riso é tão feliz contigo"...

Em 2007... foi a vez dela chegar... E os dias em Curitiba ficaram tão mais animados! Foi uma ventada de alegria...

Em 2009... Ela desembarcou novamente... E foram os dias mais quentes nestes dias de frio curitibano...Agora, na fase crepúsculo das vidas... Ela me desafiou a voltar a ler a série... "Não acredito que você não tenha gostado"... E recomecei... E estou gostando...

E agora que eu já contei todo o percurso, devo admitir um fato... Quando eu pensei em montar um blog para falar dos encontros entre amigos, certamente pensei nela e esperei todo este tempo por este post... Não duvide disso! Não é a toa, que a foto dela aparece bem entre as palavras "cause" "life" "sweet", naquele meu mosaico de celebrar a vida...

Embora a distância seja grande, ela é tão perto de mim, que faz qualquer "alô?" transmitir um abraço... Quando minha avó morreu, ela esteve comigo, acalmando meu coração. Embora fossem 5 horas de diferença nos horários... Doces palavras, doce carinho, sincera amizade... Sim, ela é uma amiga pela qual eu faria qualquer coisa, mil vezes, preciso fosse...

Um "brindisi!"

domingo, 7 de junho de 2009

uma família twittada...


Era uma vez um passado recente e remoto...

Entrei no twitter e exatamente uns minutinhos após estava craque nesse negócio... tweets, twitadas, nicks e tantas novas palavras para o meu vocabulário computadorizado... Eu estou perplexa com o avanço da internet em cada atualização...

E foi bem neste momento que me perguntei... Como fica a função deste blog que começou para comemorar meu aniversário... Ficou um tempo sem atualização e depois passou a singelas homenagens aos amigos?

Me rendo ao mundo: "@" (quis escrever twitado!) e suas atualizações imediatas? Ou continuo aqui, tentando ligar, escrever email, para os amigos e marcar uns encontros de vez em quando nessa vida tão agitada que a gente leva...

Resolvi, então, fazer uma singela homenagem à uma família de amigos, desses amigos que Deus dá uma ajudinha e deixa fortaleza mais perto de curitiba... Desses amigos que a gente encontra por aí e leva com a gente por qualquer lugar...

E foi essa família de amigos que me deu um "upgrade" nessa tal de internet: Tarcísio (que eu nem sei que nick chamá-lo, pois quando entrei na página dele no orkut, tinha um monte de sites que eu ainda, AINDA, desconheço, mas que depois de ler o livro que ele me mandou por email, vou saber tudo! À Teresa Cristina, Cris Paris, cara de bis, que deixa as tardes na Interpares mais divertidas e faz com que o sonho de transformar o mundo pela Educação se torne cada vez mais possível... E ao Guilherme que é uma esperança de futuro melhor e arranca sorrisos desses pais corujas...

Tim-tim, mais uma atualização e dessa vez com direito a publicidade no twitter!!!

sábado, 2 de maio de 2009

scraps & encontros


No dia do trabalho, resolvi não trabalhar... Nem eu nem a internet... Só porque eu estava afim de atualizar o blog...

Desta vez, eu vou falar do meu amigo de apostas intermináveis... do meu amigo que não penteia o cabelo, do meu amigo mais on line que presencial... do meu amigo que adora futebol e queria ter sido um jogador...

Do meu amigo que deu o braço à torcer e agora quer se tornar jornalista... do meu amigo que também quer ser fotógrafo... do meu amigo talvez, o mais criativo de todos e que deixa o meu orkut sempre mais divertido... do meu amigo que não sabe perder no jogo de cartas... do meu amigo que criou a Albertina e que por causa dela, as nossas memórias são recheadas de boas risadas...

Esse meu amigo já me viu muiiiiiiiiiiiiito brava e já me perdou e já me magoou e já recebeu o meu perdão... Ele é o meu amigo, talvez, que mais se acha... Também o amigo que me ensina tantas coisas...

De novas palavras à novos sentidos à vida e a nossa busca incansável para conhecer um pouco mais de Deus. O nosso Deus... que esse amigo, tem sempre algo para compartilhar das maravilhas que Aquele Cara, o nosso Deus, fez, faz e fará.
É Rafael Karkle, esta atualização é para você...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Encontro inesperado, não marcado,
e se possível fosse, adiado...

Em 2009 me encontrei com a morte! Não foi um encontro marcado, como afinal não se espera que seja. Mas ela andou pela família e escolheu a minha avó, a minha amada e adorável Vó Nina. A morte sempre foi pra mim uma palavra que causava calafrios, era cinza e combinava com dias chuvosos e tristes. Detestava saber de notícias de morte trágicas, odiava saber que fulano premeditou a morte e só o fato de ouvir a palavra móóóóóórrrrrrrrrrrrteeeeeeeeeeeee, me deixava a ponto de sair correndo de qualquer lugar para qualquer lugar.

Mas a minha avó me ensinou um versículo que eu sempre ouvi, mas que nunca confiei plenamente, até então, “melhor é o fim, do que o princípio”, pois a minha avó, terminou a vida de uma forma doce, alegre, lúcida, feliz, amorosa e tantos outros advérbios. Também não seria cínico dizer que ela terminou a vida cheia de vida.

Antes de partir, ela abençoou os netos, abriu os olhos para atentamente observar seus 12 filhos vivos, parecia que queria levar consigo e eternamente o último carinho que recebia. E ainda, sentiu o apertar de mãos de muitos amigos e parentes, pessoas que ela amou e foi amada. E seu último suspiro não foi desesperador, foi como quem faz “ai, ai”depois de uma sonora gargalhada, foi como quem levanta as sobrancelhas e se certifica “missão comprida”.

E em seu velório, eu fui capaz de sentir o suave perfume de seus cabelhinhos de algodão, pela última vez, fui capaz de segurar sua mão, pela última vez, fui capaz de chorar e chamá-la várias vezes, minha avó, minha avózinha, pela última vez, fui capaz de admirá-la, pela última vez. Com este encontro, insólito, a primeira vista, descobri que a morte pode ser bonita, aliás a morte só é bonita para quem escreveu uma vida bonita.

E que o motivo deste blog, que começou no meu aniversário de 2008, “celebrar a vida, porque ela é curta mas suave certamente”, vai continuar até meu suspiro derradeiro. Essa é a melhor frase, o melhor provérbio, o melhor conselho que posso seguir.

Descobri também que a morte já não me amedronta mais, mas a saudade e a solidão são impressionantes.Entrar nos lugares em que estive com minha avó, parece que se alargaram, tudo parece cinza escuro... Hoje posso dizer, tenho mais medo da solidão e da saudade que da própria morte. Por isso, nunca é demais lembrar que “todas as minhas lembranças de amor serão suas”...

sábado, 3 de janeiro de 2009

A primeira a receber atualização em 2009!

O primeiro comentário para este blog veio de longe, mas muito rápido, quase instantâneo! E o encontro embora rapidamente marcado ficou para final de 2008, quase 2009.

Estou falando de você Ligia Bruckheimer... Pois bem, a Ligia tem um quê desconfiado ao primeiro olhar, mas quando você descobre a doçura que está por trás da fortaleza, descobre um tesouro. Ela é uma amiga especial demais e longe demais... Mas isso, ela me demonstrou inúmeras vezes que não é impedimento. Na maioria dos casos ela é a primeira a me responder scraps, emails, como se fizesse questão de me mostrar que os braços dela são longos e estão dispostos a nos acalentar a qualquer momento, que os ouvidos dela estão dispostos a me ouvir, mesmo que baixinho!...

Essa minha amiga já foi minha parceira de conversas até altas horas da madrugada daquelas conversas sonoras, mais risadas que assuntos profundos, companheira de planos mirabolantes para “sacanear”, “assustar” só para causar um certo impacto e deixar lembranças memoráveis em nossos encontros...

Ela também já foi minha parceira de jogatinas... “e seu eu batesse agora?” Já foi minha colega em um trabalho e graças a Deus nos livramos dele! Já fizemos tantas coisas juntas que quando tento lembrar de tantas situações legais pela qual passei, ela faz parte, se fez parte, tomou parte! E agora, podemos dizer que uma parte do meu coração é mexicano! Arriba!

domingo, 28 de dezembro de 2008

Uma amiga que continua ensinando
ou uma professora que se tornou amiga?

Para finalizar a tarde agradabilíssima e fechar o ano com chave de ouro, foi a vez de encontrar, uma pessoa que entrou na minha vida há pouco tempo – um ano não é nada nessa infinita rotação da Terra – mas que produziu tanta novidade que seria um pecado não escrever sobre ela! Marilda Corbellini, a minha querida e estimada professora! (ela é a pessoa que aparece deitada embaixo da letra "u" da palavra but, nesse meu mosaico de "celebrar a vida"...) Dizem as boas línguas que "quem compartilha se apropria do que tem", acho que é por isso que essa minha amiga é incrivelmente bela por dentro e por fora! Incrivelmente sábia!
Bom, a primeira vez que eu a vi, ela imediatamente respirou fundo e me saltou um olhar arregalado “isso são horas de chegar na primeira aula?” Confesso, fiquei um pouco amedrontada com o que poderia acontecer, caso eu quebrasse outra regra, o que é bastante comum em se tratando de Dayse! E a primeira impressão que tive, já não é mais segredo para ela: “que mulher mais maluca!”
Bom, mas da primeira aula a única lembrança que tenho é de que saí de lá com a sensação dolorida, como quem trava um grande embate, ela mexeu com as minhas entranhas... Lá no fundo eu sabia, que eu não sairia ilesa... E na última aula, eu saí com a agradável sensação de ter passado por uma cirurgia de cura! Acho que é por isso que eu gosto tanto dela!
Realmente, hoje, ela se tornou uma amiga que tem morada em meu coração! Daquelas amigas, que pede para caminharmos ao lado por uma milha, e a gente caminha duas por puro prazer! Uma amiga que preservo e estimo com tanto carinho! E nesse último encontro, uma aula particular eu diria, foi excepcionalmente belo!
A gente conversou sobre tanta coisa, uma conversa deliciosa regada ao adorável líquido negro do capitalismo na versão light, que eu tanto adoro... Revimos nossas idéias sobre reconhecimento, alegrias, desenvolvimento humano, mudanças, os nossos comportamentos, gestão e etc... Tudo estava indo bem até que(dois pontos, travessão!) ela me lançou a pergunta derradeira...
A sensação era de frear um avião em pista molhada...
“Você sempre mantém esse sorriso no rosto, por desenvolvimento e autocontrole, porque a imparcialidade faz parte da notícia (regra de ouro do jornalismo!) ou por outro motivo? Eu sabia. Eu sabia! Eu tinha certeza! Ela iria mexer comigo de novo! No final, ela me apresentou até a sua coleção de galinhas, uma graça! E eu me despedi, sem lhe contar da minha coleção: “de aprendizagens” com a qual, em tão pouco tempo ela tem contribuído em progressão geométrica!

Longe? Não. Sempre perto

Enfim, chegou a vez da Elisa, elisma – para os íntimos! Depois de tanto tempo morando longe, ela voltou para uma breve passada no Brasil e rever os amigos, ser madrinha de um casamento e visitar a família. Às vezes, eu tive a sensação de que ela estava longe, mas acho que ela nunca saiu de perto. Sempre acompanhando as minhas idéias mirabolantes de mudar o mundo!
Começamos com um almoço em uma churrascaria acompanhadas de outros amigos especiais e queridos – só para relembrar os velhos tempos. Depois, seguimos os afazeres de mocinhas, ir a costureira, passear no shopping em busca de uma sandália que combina com o vestido do casamento e, terminamos com um delicioso sorvete!
Começo a achar que guardar histórias, memórias é uma excelente maneira de envelhecer ricamente abençoada! Nessa deliciosa tarde, eu me senti honrada pelo agradável presente que é ter uma amiga tão querida em minha vida. Já se vão mais de quinze anos de amizade! A Elisa entrou na minha vida como um brinde, um passe de mágica, afinal eu era primeiro amiga da Fer.
Depois me tornei parte da família e recebi o título de filha mais velha! Mas o fato é que essa família e hoje, sobretudo elisa – minha adorável amiga – tem um kilo de coisas a me ensinar, a me melhorar, especialmente, nas minhas sacanagens e trotes que adoro passar! "Até que a Flávia é gatinha!" ou "Ligar para a Catarina" hahahahhaa... O mais impressionante foi que no vulcão de idéias que a gente compartilhava durante esta tarde, algumas vezes ficamos em silêncio, contemplando a doçura da nossa amizade... hummmmmmmmmmm! Essa tarde foi mesmo uma delícia!

Uma amiga que me suporta

Primeiro, eu me apaixonei pelas filhas dela! Depois eu me encantei com a agradável sensação que é estar ao lado dela, Érica Schmidt Preto. (Ela é esse sorriso largo entre dois SS, nesse meu mosaico de amigos encontrados pela vida)Minha amiga que por muitas vezes me suportou, me deu colo e até enxugou minhas lágrimas. Minha amiga que eu tanto estimo, que tanto preservo, que tanto amo, que adoro receber os abraços rápidos e profundos pela manhã. Que, às vezes, me pego pensando na dor que será quando a gente não se ver mais diariamente!
Ela é apaixonada pelas filhas e se desdobra para cumprir o papel com êxito! Estou convicta de que Deus a criou para deixar o mundo mais amado. É incrível o quanto ela sempre está disposta a ajudar, a fazer um mundo melhor, desconfio que não é só por causa das filhas, não por causa dos necessitados, mas por ela mesma!
A frase célebre do livro O caçador de pipas, “por você eu faria isso mil vezes” acho que é a essência do DNA dessa minha adorável amiga, que tanto me ensina, que tanto me ama. A Érica talvez não saiba, mas foi um grande alicerce quando eu realmente resolvi abandonar a carreira de jornalista. Talvez, por isso, eu ainda escrevo com tanto gosto para ela!
Certa vez, estávamos dentro do carro indo entregar umas caixas de leite em um abrigo, e conversamos por um tempo, e nos tornamos amigas!
Percebemos que tínhamos muito em comum. Mas o Bono Vox é meu! Estar ao lado dela, é como sempre receber boas energias, é como sempre ter boas novas a receber, é ter a agradável sensação de eternidade. Eu já disse e repito. Um dia quando eu crescer, quero ser como ela!